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O destino dos espertos

No contexto familiar e profissional será inevitável cruzarmos com os "espertos". Ainda criança, conheci a história do homem que enganou a morte e pude tirar minha primeiras conclusões sobre os "espertos". Então, o que a história do homem que enganou a morte duas vezes pode nos ensinar?


Um dos personagens mais marcantes da mitologia é Sísifo, o rei de Corinto, também conhecido como o homem mais esperto que já existiu. O mito é uma aula sobre a escolha de saídas provisórias ou menos trabalhosas para problemas que devem ser resolvidos - nem sempre pela escolha do caminho mais fácil.


Certa vez, Sísifo descobriu que Zeus havia raptado Egina, filha de Asopo, o deus dos rios. Então, Sísifo percebeu que entregando Zeus ao deus dos rios poderia resolver o problema de falta de água em suas terras. Zeus foi delatado e como recompensa Sísifo recebeu uma nascente de Asopo.


O problema da água foi resolvido, mas agora Zeus estava furioso e mandou a morte buscar imediatamente Sísifo. Diante da morte, Sísifo, no auge de sua astúcia, iniciou uma conversa repleta de elogios. Falou sobre a beleza da morte e pediu para enfeitar-lhe o pescoço com um colar. O colar, na verdade, era uma coleira, com a qual Sísifo aprisionou a morte e driblou seu destino.


Durante um tempo ninguém mais morreu, mas o homem que enganou a morte conseguiu provocar mais confusão. Desta vez com Plutão, o deus das almas, e com Marte, o deus da guerra, que precisava com urgência dos serviços do deus da morte, que estava aprisionado.


Plutão libertou a morte e ordenou que Sísifo fosse levado imediatamente ao inferno. Ao se despedir de sua esposa, Sísifo orientou que ela não enterrasse o corpo dele. No inferno Sísifo lamentou ao deus Plutão o desrespeito de sua esposa, que não providenciou o enterro do marido, e suplicou pelo direito de voltar e se vingar da mulher ingrata. Plutão concedeu-lhe o pedido e Sísifo retornou ao seu corpo e fugiu com sua mulher.


Mais uma vez a morte foi enganada e Sísifo viveu anos escondido, até que, enfim, morreu. Plutão o recebeu com um castigo especial. Sísifo foi condenado a empurrar uma pedra enorme até o alto de uma montanha. Porém, antes de chegar ao topo, a pedra sempre rolava morro abaixo. Então, até o fim dos tempos, Sísifo repetiu a tarefa, empenhado eternamente num trabalho vão.


O que eu aprendi com Sísifo? Acredito que castigo é não poder resistir. Bom seria se Sísifo tivesse, ainda em vida, resistido aos benefícios de suas escolhas erradas, baseadas nos caminhos mais curtos para solução dos problemas. Como não foi possível, a pedra continua a ser empurrada diariamente pelo homem mais "esperto" da mitologia.

Desejo que Sísifo não deixe de lado a esperança de algum dia, com sua pedra, alcançar o topo da montanha. Afinal, segundo o mito, Sísifo não pode resistir ao castigo, mas nada o impede de se mover pela fé. E quem pode questionar o poder transformador da fé na vida de um homem (seja ele "esperto" ou não)?


E você o que aprendeu com Sisífo? Qual é a sua interpretação?



Suellen Trianda


Mãe esforçada, madrasta em treinamento, empreendedora teimosa, escritora de textões, apaixonada pelo Alê, mantida à base de chocolate, movida pela fé e pela busca de respostas para tudo que sentimos e pode ser explicado.


Ainda te vejo no meu Insta @suellentrianda

#caixaderespostas

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